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O grande avanço na reconstrução de cabeça e pescoço foi a evolução da microcirurgia nas últimas décadas. Hoje, tumores considerados irressecáveis podem ser operados desde que alguma técnica de reconstrução seja utilizada. O desafio da reconstrução de cabeça e pescoço é que , diferentemente do tronco por exemplo, a falta de tecidos é muito mal tolerada e leva a sequelas funcionais e estéticas importantes.
RECONSTRUÇÃO DE NARIZ
O princípio da reconstrução nasal é restabelecer a estrutura nasal, seu forro interno e seu revestimento de pele externo.
Pode ser necessário reconstruir todas essas estruturas, no caso de uma rinectomia total, ou apenas o revestimento externo ou estrutura nasal na maioria dos casos.
As técnicas podem variar desde um enxerto de pele até um retalho nasofrontal (retalho indiano), com enxerto de cartilagem de costela, até um retalho chinês microcirúrgico.
RECONSTRUÇÃO DE PÁLPEBRA
O grande desafio da reconstrução de pálpebra é a proteção do globo ocular. A reconstrução, quando possível, deve ser feita sempre imediatamente à resseção da lesão. Inúmeras técnicas foram descritas para a reconstrução de defeitos totais ou parciais da pálpebra utilizando vários retalhos locais.
RECONSTRUÇÃO DE ORELHA
No caso de avulsão da orelha por trauma deve-se tentar o reimplante. Se o problema for congênito, pós-trauma ou ressecção tumoral, pode-se utilizar a cartilagem da costela para moldar uma nova orelha de forma parcial ou total.
RECONSTRUÇÃO DE COURO CABELUDO
Podem ser utilizados enxertos de pele, retalhos locais, expansores de tecidos e, até mesmo, retalhos microcirúrgicos. No caso de avulsão de couro cabeludo por forças giratórias (hélices), deve ser tentado o reimplante sempre que possível.